O Livro negro, parece que não fala nada sobre o amor. Porém, o tema que ele abrange são os efeitos da radicalização do amor, dos excessos e das consequências. Poder, ganância, loucura,..., ou seja, o lado oposto do amor. Pois, os seres humanos costumam se renderem aos prazeres e o confundir com felicidade e amor.
São poesias que devem ser analisadas com olhos da sabedoria, nunca com contemplação leiga.
O capítulo I tem como tema a ideia:
Depois do escrito (POST SCRIPTUM)
Na falta da lei (PRAETER LEGEM)
ANCIPTIS USUS (Coisas de uso ambíguo)
Que possui a seguinte introdução:
Vocation in ius
O
poder de interpretação,
Liga-se
intimamente ao potencial da visão.
Não
basta ler e imaginar,
Quando
se tem que vivenciar,
Para
começar a compreender,
O
que não se quer perceber.
A
jornada começou,
Alguém
pelo caminho gritou,
Um
horizonte se avistou,
Mas
ninguém lá, ainda chegou.
Lá
não é o fim, mas o começo,
A
custa de um duro preço.
O valor
das coisas,
E as
coisas de valores,
Muitos
dizem serem poucas,
Já
que o supérfluo é corrompido por amores.
Aprendidos
em lousas,
Passando
despercebidos nossos maiores temores.
O
organismo maior sente a doença,
Que
se alimenta da crença,
Que
nasce na descrença,
Do
renegado vital.
Elemento
fundamental,
Que
alimenta um sistema mortal.
Falsos
profetas e profecias,
Descrevem
os contemporâneos derradeiros dias,
Servindo
de vias,
Para
fundamentar utopias,
Que
abrem falência na simples intenção de revelia,
De
quem não encontra respostas para as intimas agonias.
Palavras
sem ação,
Questão
sem solução.
Enferma
reação.
Domesticada
pela legislação,
Uma
oculta manipulação,
Guiada
sempre por uma religião.
Metáforas
sem nexo,
Descrevem
um universo complexo,
Que
se resume na contradição do amor e do sexo,
Produzindo
diferentes reflexos,
Carregando
o ser com anexos,
De
textos perplexos.
O
nosso mundo não acabou,
E
tão pouco o fim começou.
Porém
o relacionamento mudou,
E o
que é vital se alterou,
Abrindo
caminho para algo que não se aceitou,
Mas
que evolui, transforma-se, mas que não desabrochou.
Acelerou-se
o processo,
Necessita-se
de um regresso,
É o
custo do excesso,
E do
rompimento expresso,
Do
que me faz, o seu universo,
Já
que somos a continuação desse verso.
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