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JUSTIFICATIVA
DA ABORDAGEM
Vivemos em um mundo normatizado e organizado
por legislações específicas que possuem como objetivo comum o bem viver,
progresso e evolução humana. Pois, independente de consideração critica os
terráqueos possuem o status de “civilização”, já que o contemporâneo grupo
humano agrega características comuns que os identificam como pares permitindo
uma convivência tolerante no contexto tanto da cultura universal, quanto da
cultura específica.
Em decorrência desta
realidade, existe por efeito uma gama de conhecimentos técnicos e científicos
compartilhados em comum e livremente entre todas as nações e povos civilizados
do mundo, ou seja, as ciências. Porém, ainda existem povos no planeta que
desconhecem as Ciências dos “civilizados”. No entanto, o desconhecimento deles dessa
ciência, nada interfere no seu cotidiano, pois possuem a sua própria, a qual
lhe permite fornecer subsídios e informações necessárias para enfrentar e
sobreviver na realidade em que vivem. Não é uma “ciência primitiva”, tão pouco
alternativa. São os mesmos conhecimentos que em um passado distante serviram
aos ancestrais que deram origem aos povos contemporâneos.
A partir desta breve e
resumida introdução, é observado que os conhecimentos adquiridos na trajetória
humana e posteriormente compartilhados, contribuíram para criar a realidade que
contemplamos no presente. Porém, estes conhecimentos, não apareceram ao acaso,
prontos para serem usados, mas foram frutos de observações espontâneas. Eis,
que tiveram gênese em um contexto de senso comum que respondesse a necessidade
do momento sofrendo evolução empírica (erro e acerto), dentro de um espaço e
tempo não linear e revolucionário.
Atualmente ainda é
assim, e sempre será assim. A diferença é que o ser humano adquiriu a
consciência de sistematizar o que observa e percebe em diferentes contextos da
manifestação humana (senso comum, cultural, política, social, científica, protocientífico,
pseudocientífica,...), ou seja, o ser humano por ser um animal acumulador de
conhecimentos, experiências e criativo consegue encontrar inspiração,
fundamento, argumentações para solucionar suas questões vitais em campos muitas
vezes sem ligação com a realidade vislumbrada, e por efeito criar algo novo.
Algo classificado até então como impossível ou inexplicável. Ou seja, o
filosofo Gastón Bachelard (1979, p. 06) considera que:
“para o
cientista, o conhecimento sai da ignorância tal como a luz sai das trevas. O
cientista não vê que a ignorância é um tecido de erros positivos, tenazes e
solitários. Não vê que as trevas espirituais tem uma estrutura e que nestas
condições, toda a experiência objetiva correta deve implicar sempre a correção
de um erro subjetivo (...) o espírito científico só pode se construir
destruindo o espírito não científico”.
Esta capacidade
intelectual que permite o ser humano evoluir possui uma aceitação plausível,
tanto na comunidade científica quanto na leiga. Da mesma forma, ela é tão vital
para a sobrevivência humana, que é protegida por legislação internacional, como
é possível observar no contexto do inciso primeiro do artigo 27 presente na Declaração
Universal de Direitos Humanos, que cita o seguinte: “I
- Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da
comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus
benefícios;...”
Neste sentido, fica
notório que a busca pelo aperfeiçoamento científico existente na realidade no
contexto de produzir novas perspectivas, paradigmas, pontos de vistas,
descobertas e explorar assuntos não contemplados pela ciência corrente, são
elementos reconhecidamente que colaboram com o processo evolutivo humano. Sendo
que o resultado dessa colaboração, independente do reconhecimento que terá na
sociedade em especial no meio científico deveria ser respeitada e até auxiliada
por outras ciências de forma notória. Pois, como já foi observado
historicamente em várias oportunidades e em diferentes períodos, é a constante
mudança de opinião sobre determinado assunto. Isto ocorre porque, pela
descoberta de um elemento novo, ou um ponto de vista novo, o que antes era portador
da absoluta credibilidade, posteriormente ao novo evento (paradigma) se torna o
“maior erro da história”,...
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