Imagem do Centro Velho e bairros vizinhos localizados na Cidade Almirante Tamandaré-PR/Foto: Ari Dias, 2009.
Contar a
história de uma localidade não se faz do dia para a noite. Tão pouco em meses
ou em alguns anos de pesquisa. Tão pouco a história de um lugar se prende a
política única e exclusivamente ou a fatos analisados por uma visão doutrinaria
ou ideológica. Ou seja, na perspectiva de julgamento se certos ou errados. A
História de um lugar são relatos de fatos, que forjam a cultura de um povo. São
fatos e acontecimentos cotidianos que parecem simples e até passam sem receber
nenhuma atenção. Mas que dentro de um contexto específico para a localidade
proporcionaram uma grande revolução.
A história de
Almirante Tamandaré possui esta particularidade. Pois, independente de estar
englobada em uma história maior e sofrer as influências diretas e indiretas
daquela. A cidade em si, possui uma história única e exclusiva. A qual a torna
particular e exclusiva de seu povo.
O modesto
livro tecido que preencheu a mente de muitos com informações e curiosidades,
como também fez renascer lembranças até então adormecidas que pareciam sem
importância. Foram imortalizadas em pouco mais de cinco meses. Ou seja, este
livro de história foi lavrado em cinco meses!
Mas muitos
irão se questionar: “cinco meses de pesquisa, então grande parte do que esta
escrito aqui é uma falácia.” Sim. Realmente, tal revelação superficialmente
passa este raciocínio. Porém, ele foi tecido em cinco meses, não pesquisado.
Pois, para se
ter a facilidade de escrever algo sobre um lugar em tão breve período é
necessário possuir uma grande gama de informações. E é neste contexto que
aparece o primeiro passo da investigação cientifica. Ou seja, conhecimentos
específicos sobre o contexto e
veracidade destas informações.
É no tocante a
esta condições que iniciou a minha investigação. Pois, já são 34 anos que
recebo informações sobre a história de Almirante Tamandaré. São conhecimentos
que adquiri, escutando involuntariamente a conversa dos outros. Eis, que sou um
filho nato desta terra, meus pais também são e os pais deles,... Ou seja, eu
sou um membro da sociedade, que participa de eventos, de festas, de reuniões e
do cotidiano que movimentam a cidade,..., sou uma pessoa que desde a minha
infância acompanho meus familiares e familiares de outras famílias tradicional
da cidade.
Neste contexto
possuo o que todo tamandareense nato de minha idade ou mais experiente que eu contempla.
Ou seja, marcos de referencia. Diante disto, se nós precisarmos de informações
sobre política, saberemos a quem recorrer; sobre calcário, saberemos onde
encontrar,... Ou seja, o que é um mistério para muitos que não são da terra,
para nós, é uma coisa tão comum, que às vezes nem percebemos a importância
disto, a ponto de deixar o tempo consumi-la.
Mas, não é só
de relatos orais que uma obra cientifica ganha credibilidade. Mas sim dos
fundamentos que recepcionam estas informações e lhe dão terreno firme e
plausível.
Foi a partir
deste raciocínio e posterior reflexão e a forma como estão se propagando certos
fatos históricos, que me raiou a ideia de escrever um livro sobre a história da
cidade. Pois percebi, que os professores que contam a “História de Almirante
Tamandaré”, já estão em idade muito avançada. Diante deste natural quadro, conclui que se alguém não
guardar o conhecimento que estes ilustres senhores e senhoras da sociedade
local possuem sobre a história tamandareense, anterior a década de 1950, eles
se perderiam no tempo, como ocorreu nos tempos ainda dos pioneiros
desbravadores. Os quais estiveram aqui. Porém, não sabemos quem eram, quantos
eram e o que realmente faziam. Tudo que sabemos é baseado em suposições
técnicas e de vagas pesquisas de geógrafos e historiadores da década de 1920.
Ou de relatórios oficiais ainda do tempo em que a nossa região pertencia a
Curitiba, mas que também estão se consumindo no tempo ou possuem acesso
restrito e extremamente burocrático.
Diferente dos
pioneiros habitantes, ainda é possível, conhecer a história de Tamandaré desde
sua emancipação, até os dias atuais, ou seja, mais de 122 anos se contar ainda
um pequeno período anterior a sua emancipação...
Nenhum comentário:
Postar um comentário