SEJAM BEM VINDOS!

Muitas ideias que expressavam sonhos. Muitos ideais que se manifestaram na simples reflexão de ser útil além das funções que exercemos ao menos por um instante. Várias alternativas a nossa frente e muitos obstáculos.

Um dia percebi que deveria ser útil universalmente, pensei e pensei como ascender a esta condição, pois, não possuía nenhum dom especial. No entanto, sou um homem que gosta de escrever. Explorei este caminho, pois as palavras e ideias são muito poderosas e podem servir para inspirar pessoas na sua trajetória vital.

Sou historiador um guardião da memória e pesquisador. Sou poeta de expressões líricas e sociais. Não sei se o que penso é certo ou errado, mas sei que aprendo e ensino dentro de um contexto imperfeito.

Este é meu universo virtual, um lugar de divulgação de minhas humildes e imperfeitas obras literárias e científicas.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Relatos de um tamandareense. HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

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(Continuação...)
Independente ou não de maldição. Eis, que por um fleche toda esta lembrança de segundos, me fez recordar que a previsão do sacerdote começava acontecer. Pois, na década de 1970 foi perfurado o primeiro poço artesiano para abastecimento da pequena população local, pela Sanepar onde hoje fica o escritório de atendimento ao público da estatal no município. Já na década de 1980, na gestão do então Prefeito Municipal Ariel Adalberto Buzzato (1984-1988), a Sanepar, para sanear o crescente abastecimento de água no município, perfurou mais três poços artesianos com vazão de 680 metros cúbicos por hora[1], no centro da cidade. Porém os problemas que assolam a cidade tiveram inicio em 1992. Ano em que Sanepar, buscou tentar sanar o abastecimento de água da Região Metropolitana de Curitiba, explorando a água do subsolo[2].
No entanto lá pelo começo da década de noventa até o inicio do novo século, o centro de Almirante Tamandaré começou a sofrer um pequeno afundamento, mas com graves consequências, justamente causado por uma maior demanda de extração de água do subsolo iniciada timidamente na década de 1970 pela Sanepar. O qual foi marcado, pela interdição[3] em 2003 do prédio recém-construído do Colégio Estadual Ambrósio Bini. Que a propósito, havia sido alertado para a sua engenheira responsável pelo laudo de liberação do terreno onde seria executada a obra, ainda antes do seu período de construção. Que a região destinada a aquele fim, que ficava praticamente vizinho de onde se localizava a extração de água do subsolo feita pela Sanepar. Poderia corromper a estrutura da edificação. E por este motivo não se deveria construir lá.
Mas a engenheira, com ar de arrogância proporcionado pelo status de carregar um diploma. Mandou o diretor de obras municipal da época Antonio Ilson Kotovski (que não possuía competência legal para interditar a obra, já que se tratava de uma construção estadual, como também não era o Secretário de Obras), estudar engenharia. Para depois palpitar em assuntos técnicos. Resumindo, atualmente o tradicional Colégio Estadual Ambrósio Bini, se estabelece em dois prédios provisórios, para atender seus alunos. Aguardando a morosidade burocrática e uma decisão resolutiva  política estadual e municipal, para resolver o problema gerado pela falta de humildade de uma engenheira em admitir um possível erro de escolha de local da obra, que resultou na condenação estrutural de um prédio público, a ponto de inviabilizá-lo[4].
Ruínas do Colégio Estadual Ambrósio Bini interditado em 2003, contemporânea construção símbolo dos efeitos de construções feitas sobre áreas sensíveis do aquífero. Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, abril de 2011.

(continua...)




[1]              REVISTA PARANAENSE DOS MUNICÍPIOS. Especial Almirante Tamandaré.  Curitiba:  Ed. Revista Paranaense dos Municípios Ltda, Fevereiro de 1986, ano XVIII, p. 11.  
[2]              ARAÚJO. Maria Luiza Malucelli. A influência do Aquífero Carste em Almirante Tamandaré. COMEC, 2006, p. 17.
[3]              Revista Brasileira de Geofísica.  Aplicação dos métodos gravimétrico e eletroresistivimétrico-IP em área de risco geotécnico do sistema aqüífero cárstico em Almirante Tamandaré-PR. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010261X2006000300009&script=sci_arttext> Acesso em: 25 nov. 2010
[4]       PARANÁ ONLINE. Colégio construído em área cavernosa está afundando. Disponível em:<http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/474984/?noticia=COLEGIO+CONSTRUIDO+EM+AREA+CAVERNOSA+ESTA+AFUNDANDO>Acesso em: 25 nov. 2010

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