SEJAM BEM VINDOS!

Muitas ideias que expressavam sonhos. Muitos ideais que se manifestaram na simples reflexão de ser útil além das funções que exercemos ao menos por um instante. Várias alternativas a nossa frente e muitos obstáculos.

Um dia percebi que deveria ser útil universalmente, pensei e pensei como ascender a esta condição, pois, não possuía nenhum dom especial. No entanto, sou um homem que gosta de escrever. Explorei este caminho, pois as palavras e ideias são muito poderosas e podem servir para inspirar pessoas na sua trajetória vital.

Sou historiador um guardião da memória e pesquisador. Sou poeta de expressões líricas e sociais. Não sei se o que penso é certo ou errado, mas sei que aprendo e ensino dentro de um contexto imperfeito.

Este é meu universo virtual, um lugar de divulgação de minhas humildes e imperfeitas obras literárias e científicas.

quarta-feira, 12 de março de 2014

CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR


EVOLUÇÃO TERRITORIAL (Continuação...)

Praticamente um ano depois, segundo o documento oficial transcrito na obra de José Carlos Veiga Lopes, p. 16, em “16 de outubro de 1722 era obtida por João Martins Leme uma sesmaria de uma légua de terra que começaria onde acabavam as terras do Conselho (Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais), fazendo testada pelo rio Barigui acima, até os campos de Butiatuba e da outra parte até entestar com terras de Diogo da Costa (que era dono da sesmaria do Bacacheri) e da outra parte a entestar com terras do capitão José Nicolau (dono de sesmaria entre os rios Atuba e Palmital) e de João Ribeiro Cardoso”.

Segundo informações contidas na p. 364 do “Diccionario Histórico e Geographico do Paraná”, elaborado por Agostinho Ermelino de Leão é identificado onde hoje fica o território da sede tamandareense o Sítio Cercado, ou seja, era o “nome primitivo do local em que se acha a Villa de Tamandaré. O Sítio do Cercado, em 1728 pertencia a Euzébio Simões da Cunha, que o transpassou para Antônio Alves Martins pela quantia de 100$000. Esse sítio foi registrado 1855 na parochia de Curityba”.

Ainda no contexto do texto oficial adaptado à nova regra ortográfica portuguesa feito por José Carlos Veiga Lopes, p. 16-17, é identificado que em 1º de fevereiro de 1745, o Sr. José Palhamo de Azevedo obtém uma sesmaria na região com a seguinte justificativa em seu pedido: “(...) pra sustentar este não tinha terras para cultivar e nem com que acomodar a criação de gado que tinha e porque na paragem chamada Itagoá, termo desta vila, havia muitas terras para povoar, nas quais pretendia acomodar-se aproveitando-as, especialmente na sorte de terras que teria uma légua começando no rio Itagoá, que dava nome a paragem, donde fazia esta barra no rio Barigui, correndo rio acima pelo dito Barigui, fazendo testada ao rumo norte ao campo de Butiatuba ou conforme o rio andasse com o sertão ao rumo de oeste, cuja paragem e distância de légua se achava maninha e despovoada”.

Nas proximidades da “Descoberta da Conceição” de forma oficial se observa na Lista de Ordenanças da Villa de Curitiba que em 1777 existia o estabelecimento do bairro da Conceição. Na Lista de 1785 é informado que o bairro da Conceição tinha 24 casas. Um pouco mais distante dali, no ano de 1791, aparece o bairro de Campo Magro com 8 casas. A mesma localidade serviu como ponto fiscal do ouro explorado.

Com o tempo, povoamentos específicos da região do atual município de Almirante Tamandaré começam a ganhar o status de Quarteirão subordinados à Vila de Curitiba. Ou seja, segundo o Doutor em História, Wellington Barbosa da Silva, o “quarteirão era a menor unidade administrativa e, mais do que isso, policial do município – sendo constituído, no mínimo, por um conjunto de 25 casas ou fogos. Cada conjunto de três quarteirões formava um distrito. Vale salientar que, para fins eleitorais, entendia-se por fogo a casa, ou parte dela, em que habitava independentemente uma pessoa ou família, de forma que em um mesmo sobrado, por exemplo, poderiam existir dois ou mais fogos”.

Neste contexto, observando a informação do periódico “Dezenove de Dezembro, de 25 de novembro de 1854”, a região curitibana referente ao 4º Termo Judiciário e Policial que abrangia uma parte do futuro território inicial tamandareense possuía uma demografia média a qual é possível observar na própria distribuição do povoamento, que dos 27 quarteirões curitibanos, 9 se dispunham em território tamandareense, ou seja: Campo Magro, Cachoeira, Boixininga, Marmeleiro, Butiatuba, Pacutuva (Pacotuba), Tranqueira e Conceição.
(Continua...)

Conheça a obra gratuitamente através dos endereços:

http://issuu.com/kotovski/docs/considera__oeshistoricasdetamandare(PARTE 1, páginas 000-483)

http://issuu.com/kotovski/docs/consideracoeshistoricasdetamandarer(PARTE 2, páginas 483-567)